A RSA Conference foi um marco para o grande Acordo Tecnológico de Segurança Cibernética, que reuniu inúmeras indústrias para discussão da cibersegurança nos últimos tempos. O acordo assinado pelo Facebook, Microsoft, Dell, HP Inc., Oracle, Cisco, SAP e outras vinte e sete empresas, pontua as questões que são pertinentes ao setor privado na segurança do usuário na rede.
Brad Smith, presidente da Microsoft, iniciou seu discurso comparando a situação que o mundo se encontra com o século passado. “As guerras saíram dos campos, foram para o mar, para o ar, e agora estão no ciberespaço. Esse, é um campo de batalha diferente de tudo o que já vimos, não pode ser encontrado no mundo físico. Ele está em nós, o setor privado, e isso nos coloca em uma posição diferente. […] nós somos os primeiros a dar uma resposta ao mundo”.

A conferência foi convocada devido aos recentes ataques que ameaçam a cibersegurança dos usuários e de empresas, orquestrados por governos, como a Sony, atacada pela Coréia do Norte após o lançamento de um filme satirizando o presidente do país.
Smith fez questão de pontuar quais deveriam ser os princípios que uniriam as empresas nessa guerra contra os ataques virtuais. O mais fundamental resume-se a uma máxima, apoiar e proteger clientes de todo o mundo, e não auxiliar ataques em hipótese alguma, desenvolvendo produtos que priorizem a privacidade e a integridade dos consumidores.
Assim como em 1949 as nações assinaram o acordo de Genebra, propôs-se uma versão digital do tratado, assinado pelas companhias. Elas, em união, devem prezar pela integridade do setor tecnológico, restabelecendo a confiança dos usuários na empresa, seguindo alguns pontos fundamentais. Não ter como alvos empresas de tecnologia ou de qualquer área. Auxiliar o setor privado a detectar, conter e responder a esses ataques. Denunciar vulnerabilidades em serviços, em vez de explorá-los. Trabalhar para conter a criação de novas armas que afetem a cibersegurança.

Para manter a internet como um ambiente seguro, é necessário que se conheçam as rotinas que evitam ataques, e as empresas de tecnologia devem se dispor a capacitar os usuários, e alertar sobre as atitudes mais comuns que os transformam em alvos. O presidente da companhia ainda cita a tecnologia empregada pela Microsoft que, por dia, escaneia mais de 200 bilhões de e-mails a procura de links suspeitos, e quando são encontrados o usuário recebe junto uma notificação, cobrando atenção na hora de abrir o arquivo.
O sucesso da medida não está na assinatura do acordo, e sim na execução do que estiver ao alcance da empresa para impedir que ataques comandados por governos, e até por civis, não voltem a acontecer. Esse é um esforço que toda a sociedade deve estar ciente e engajada, cobrando dos governos mais transparência. Smith ainda diz, “está na hora do presidente dos Estados Unidos sentar-se à mesa com o da Rússia, e discutir esse problema”, pois as empresas de tecnologia aproximaram o mundo, então a união para combater essa guerra silenciosa deve ser em mesmo nível.
(Fotos: Reprodução – IFF Brasil/Catraca Livre)
SAP assina contra ataques cibernéticos governamentais3 min read

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